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DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.4676251


Jader Luís da Silveira

Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG

Especialização em Gestão de Instituições Federais de Educação Superior na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG

Fundador e Diretor Geral do Grupo MultiAtual Educacional

luisjader2010@hotmail.com

 

 

RESUMO

A Educação sofre modificações que acompanham as inovações tecnológicas, como o Ensino à Distância, o acesso à bibliotecas virtuais, comunicação de alunos e professores pelas redes sociais virtuais, uso de aplicativos, entre outros no processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, com um cenário em que as informações chegam com velocidade cada vez mais rápida e com a Educação e seus integrantes sendo envolvidos por essa atualização, é preciso fazer adaptações no modo de ensinar e de aprender frente à própria sociedade da informação e ao ciberespaço. Este trabalho busca analisar como a Educação a Distância é vista pelo olhar crítico de alunos da modalidade.

Palavras-chave: Universidade. Educação a Distância.

 

ABSTRACT

Education undergoes modifications that accompany technological innovations, such as Distance Learning, access to virtual libraries, communication of students and teachers through virtual social networks, use of applications, among others in the teaching-learning process. Thus, with a scenario in which information arrives with ever faster speed and with Education and its members being involved in this update, it is necessary to make adaptations in the way of teaching and learning in the face of the information society itself and cyberspace. . This work seeks to analyze how Distance Education is seen by the critical eye of students of the modality.

Keywords: University. Distance Education.

 

1. Introdução

As tecnologias da informação e comunicação (TICs) inseridas nas metodologias de ensino e aprendizagem vem marcando a Educação atual. São mudanças que devem ocorrer no sentido de buscar a descentralização do professor na sala de aula e incentivar o aluno a construir o conhecimento de forma coletiva e colaborativa, com atuação e mediação do professor.

Nesse cenário, o conhecimento não deve partir apenas do professor, mas sim em conjunto e em harmonia com os alunos e suas experiências, nesse ponto são mediadas e adaptadas pelo docente. A avaliação também deve seguir essa linha: como um processo contínuo e cumulativo do desempenho, com vista as competências, habilidades e atitudes do discente (COTTA, et al, 2012).

O objetivo desse trabalho é realizar uma discussão crítica da Educação a Distância sob o ponto de vista de dois alunos da modalidade de ensino.

 

2. A Educação Contemporânea

A Educação contemporânea emerge por mudanças por parte dos professores, alunos e da própria instituição de ensino para se adequarem aos usos constantes das TICs em todos os ambientes. Conforme menciona Cotta et al (2012, p. 788), “as tendências atuais na área da educação apontam para a utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, visando tornar o aluno o protagonista do seu próprio processo de formação”.

Assim como Freire (1975) defende, é de extrema importância a mudança nos paradigmas da Educação, onde a tradicional educação bancária, em que o professor é detentor da verdade e do conhecimento, transmitindo para o aluno, seja transformado em uma educação libertadora, por meio das vivências e experiências dos alunos. Uma das formas de transformação pode ser realizada com o uso das TICs.

Conforme Silveira (2019, p.2), “a tecnologia deve ser um aparato para melhorar, transformar e modernizar o ensino, e não para a transformação das estruturas metodológicas e das práticas de aprendizado”. Igualmente, os instrumentos de aprendizagem e avaliação devem ser capazes de desencadear uma visão do todo e ainda incentivar a construção de redes de mudanças sociais que possibilitem a expansão da consciência individual e coletiva (COTTA, et al, 2012).

 

3. A realidade da Educação a Distância

A educação à distância demonstra que recursos como videoaulas interativas, associadas a um bom material didático, são os que mais reduzem a distância transacional entre o educador e o educando.  A disponibilidade de outros recursos de comunicação síncrona e assíncrona como chat, fórum de discussões, entre outros, também é uma forte aliada neste processo cognitivo (MORAN, 2017).

A distância transacional ainda pode ser reduzida quando os sistemas de ensino também associam os recursos síncronos aos assíncronos na medida certa e, preferencialmente, dosados de acordo com o perfil cognitivo de cada aluno. Nesse contexto, surge a importância da comunicação na Educação.

A comunicação é um fato social, um dos elementos que constituem o processo educacional, que leva a efetivação do processo educativo. A comunicação apresenta um conjunto de procedimentos para a conexão entre as pessoas, trata-se de um eixo transversal na prática educacional entre professores e alunos.

A Educação e a comunicação tornam-se necessárias para adequar o atendimento às necessidades de docentes e discentes. Citelli (2010) relata que, o crescimento da participação das tecnologias da informação e comunicação (TICs) no espaço de convívio social reforça essa preocupação, pois os meios de comunicação ocupam também os espaços escolares.

 

4. Análise crítica da Educação a Distância

Em meio à modernidade tecnológica que vivemos, nada mais justo que adequarmos o modo de educar e capacitar. A internet, usada para conectar pessoas, também está sendo usada para permitir o ensino além das paredes da escola, no mundo virtual, alcançando mais e mais pessoas através do ensino à distância.

Este método é altamente inclusivo e permite ao estudante se adaptar ao processo educativo, de uma maneira personalizada, suprindo algumas necessidades do público que almeja concluir uma etapa educacional.

Esta vertente visa dar acesso a mais pessoas que desejam estudar e se profissionalizar mas que, por qualquer motivo, não tem contato com uma universidade ou até mesmo tempo para ir até ela. É incentivador poder contornar problemas como distância e falta de tempo, que excluiriam futuros estudantes do universo didático, e inseri-los dentro do crescente número de pessoas beneficiadas pela EaD.

Seria uma ideia perfeita se não houvesse o outro lado da moeda. Existem vários fatores que não colaboram como o sucesso do ensino à distância. Todos os envolvidos nesse meio tem sua parcela de contribuição para que haja êxito. Pequenos erros podem romper esse processo.

São responsabilidades da instituição estudantil que oferece a EaD dar suporte de software, disponibilizar ons professores e tutores, planejar bem o curso oferecido de modo que possibilitem aos alunos um melhor aproveitamento das atividades.

O fato de estudar em casa requer um planejamento estratégico de tempo e uma dedicação extra do aluno. Visitar periodicamente o espaço Moodle é como manter a frequência no curso presencial, dever do estudante.

É tarefa dos professores facilitar o acesso dos alunos ao conteúdo didático e cuidar para que ele seja entendido por eles de forma uníssona. Os tutores devem estimular os alunos a participarem das atividades e estreitar a distância entre docentes e discentes.

 

5. Comentários finais

          O desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação geram novos ritmos de trabalho, novos ambientes, novos instrumentos, novas linguagens ou formas de expressão. Assim, torna-se necessário considerar as mídias como objetos de estudo, com seus aspectos éticos e estéticos, e como ferramentas pedagógicas e didáticas. Este cenário da ação pedagógica em ambientes on-line revela, que é preciso deixar de ser meros espectadores e passar a ter um perfil de “participantes ativos”.

          Faz-se necessário criar condições para o desenvolvimento de competências mediática que privilegie uma comunicação, que promova a interação efetiva entre estudantes e professor na Web. Dessa forma, torna-se necessário uma concepção pedagógica para que seja garantida essa interação, do contrário, pode-se estar utilizando a tecnologia mais avançada para se fazer o óbvio ou o tradicional.

          Dessa forma, ensinar e aprender no meio virtual compreende algumas semelhanças com a forma tradicional, tais como a interação entre os alunos e professor, a necessidade de reflexão, análise e interpretação de textos, informações e do que for ensinado. Também e preciso ressaltar que o ensino virtual pode ser realizado nos diferentes níveis de ensino, tanto o fundamental, o médio, quanto o superior. O mais importante é que esse ensino seja uma fonte de diálogo e atenção tanto da parte docente, quanto do discente, além do necessário apoio da Instituição de Ensino, que deve fomentar e desenvolver a Educação a Distância e a Educação como um todo. Somente dessa forma é que uma nação passa a ser forte e com cidadãos bem formados.

 

Referências

 

CITELLI, Adilson et al. Comunicação e educação: convergências educomunicativas. Comunicação, Mídia e Consumo, v. 7, n. 19, p. 68-85, 2010.

 

COTTA, Rosângela Minardi Mitre et al. Construção de portfólios coletivos em currículos tradicionais: uma proposta inovadora de ensino-aprendizagem. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, p. 787-796, 2012.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1975.

 

MORAN, José. O que é educação a distância. Educação Humanista Inovadora. Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/dist.pdf>. Acesso em: 05 de novembro de 2017.

 

SILVEIRA, Jader Luís da. As Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas na Educação: Comunicação e Educação à Distância. P@RTES (São Paulo), ISSN 1678-8419. v.1, n.0, p.1., 2019.