DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.4676251
Jader Luís da Silveira
Ciências
Biológicas pela Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG
Especialização
em Gestão de Instituições Federais de Educação Superior na Universidade Federal
de Minas Gerais – UFMG
Fundador
e Diretor Geral do Grupo MultiAtual Educacional
RESUMO
A Educação sofre
modificações que acompanham as inovações tecnológicas, como o Ensino à
Distância, o acesso à bibliotecas virtuais, comunicação de alunos e professores
pelas redes sociais virtuais, uso de aplicativos, entre outros no processo de
ensino-aprendizagem. Dessa forma, com um cenário em que as informações chegam
com velocidade cada vez mais rápida e com a Educação e seus integrantes sendo
envolvidos por essa atualização, é preciso fazer adaptações no modo de ensinar
e de aprender frente à própria sociedade da informação e ao ciberespaço. Este
trabalho busca analisar como a Educação a Distância é vista pelo olhar crítico
de alunos da modalidade.
Palavras-chave: Universidade. Educação a
Distância.
ABSTRACT
Education undergoes
modifications that accompany technological innovations, such as Distance
Learning, access to virtual libraries, communication of students and teachers
through virtual social networks, use of applications, among others in the
teaching-learning process. Thus, with a scenario in which information arrives
with ever faster speed and with Education and its members being involved in
this update, it is necessary to make adaptations in the way of teaching and
learning in the face of the information society itself and cyberspace. . This
work seeks to analyze how Distance Education is seen by the critical eye of
students of the modality.
Keywords: University. Distance Education.
1. Introdução
As tecnologias da informação e comunicação (TICs)
inseridas nas metodologias de ensino e aprendizagem vem marcando a Educação
atual. São mudanças que devem ocorrer no sentido de buscar a descentralização
do professor na sala de aula e incentivar o aluno a construir o conhecimento de
forma coletiva e colaborativa, com atuação e mediação do professor.
Nesse cenário, o conhecimento não deve partir
apenas do professor, mas sim em conjunto e em harmonia com os alunos e suas
experiências, nesse ponto são mediadas e adaptadas pelo docente. A avaliação
também deve seguir essa linha: como um processo contínuo e cumulativo do
desempenho, com vista as competências, habilidades e atitudes do discente
(COTTA, et al, 2012).
O objetivo desse trabalho é realizar uma discussão crítica da Educação a
Distância sob o ponto de vista de dois alunos da modalidade de ensino.
2. A Educação Contemporânea
A Educação contemporânea emerge por mudanças por
parte dos professores, alunos e da própria instituição de ensino para se
adequarem aos usos constantes das TICs em todos os ambientes. Conforme menciona
Cotta et al (2012, p. 788), “as tendências atuais na área da educação apontam
para a utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, visando tornar
o aluno o protagonista do seu próprio processo de formação”.
Assim como Freire (1975) defende, é de extrema
importância a mudança nos paradigmas da Educação, onde a tradicional educação
bancária, em que o professor é detentor da verdade e do conhecimento,
transmitindo para o aluno, seja transformado em uma educação libertadora, por
meio das vivências e experiências dos alunos. Uma das formas de transformação
pode ser realizada com o uso das TICs.
Conforme Silveira (2019, p.2), “a tecnologia deve
ser um aparato para melhorar, transformar e modernizar o ensino, e não para a
transformação das estruturas metodológicas e das práticas de aprendizado”.
Igualmente, os instrumentos de aprendizagem e avaliação devem ser capazes de
desencadear uma visão do todo e ainda incentivar a construção de redes de
mudanças sociais que possibilitem a expansão da consciência individual e
coletiva (COTTA, et al, 2012).
3. A realidade da
Educação a Distância
A educação à distância demonstra que recursos como
videoaulas interativas, associadas a um bom material didático, são os que mais
reduzem a distância transacional entre o educador e o educando. A disponibilidade de outros recursos de
comunicação síncrona e assíncrona como chat, fórum de discussões, entre outros,
também é uma forte aliada neste processo cognitivo (MORAN, 2017).
A distância transacional ainda pode ser reduzida
quando os sistemas de ensino também associam os recursos síncronos aos
assíncronos na medida certa e, preferencialmente, dosados de acordo com o
perfil cognitivo de cada aluno. Nesse contexto, surge a importância da
comunicação na Educação.
A comunicação é um fato social, um dos elementos
que constituem o processo educacional, que leva a efetivação do processo
educativo. A comunicação apresenta um conjunto de procedimentos para a conexão
entre as pessoas, trata-se de um eixo transversal na prática educacional entre
professores e alunos.
A Educação e a comunicação tornam-se necessárias
para adequar o atendimento às necessidades de docentes e discentes. Citelli
(2010) relata que, o crescimento da participação das tecnologias da informação
e comunicação (TICs) no espaço de convívio social reforça essa preocupação,
pois os meios de comunicação ocupam também os espaços escolares.
4. Análise crítica da
Educação a Distância
Em meio à modernidade tecnológica que vivemos, nada
mais justo que adequarmos o modo de educar e capacitar. A internet, usada para
conectar pessoas, também está sendo usada para permitir o ensino além das
paredes da escola, no mundo virtual, alcançando mais e mais pessoas através do
ensino à distância.
Este método é altamente inclusivo e permite ao
estudante se adaptar ao processo educativo, de uma maneira personalizada,
suprindo algumas necessidades do público que almeja concluir uma etapa
educacional.
Esta vertente visa dar acesso a mais pessoas que
desejam estudar e se profissionalizar mas que, por qualquer motivo, não tem
contato com uma universidade ou até mesmo tempo para ir até ela. É incentivador
poder contornar problemas como distância e falta de tempo, que excluiriam
futuros estudantes do universo didático, e inseri-los dentro do crescente
número de pessoas beneficiadas pela EaD.
Seria uma ideia perfeita se não houvesse o outro
lado da moeda. Existem vários fatores que não colaboram como o sucesso do
ensino à distância. Todos os envolvidos nesse meio tem sua parcela de
contribuição para que haja êxito. Pequenos erros podem romper esse processo.
São responsabilidades da instituição estudantil que
oferece a EaD dar suporte de software, disponibilizar ons professores e
tutores, planejar bem o curso oferecido de modo que possibilitem aos alunos um
melhor aproveitamento das atividades.
O fato de estudar em casa requer um planejamento
estratégico de tempo e uma dedicação extra do aluno. Visitar periodicamente o
espaço Moodle é como manter a frequência no curso presencial, dever do
estudante.
É tarefa dos professores facilitar o acesso dos
alunos ao conteúdo didático e cuidar para que ele seja entendido por eles de forma
uníssona. Os tutores devem estimular os alunos a participarem das atividades e
estreitar a distância entre docentes e discentes.
5. Comentários finais
O desenvolvimento das tecnologias da informação e
comunicação geram novos ritmos de trabalho, novos ambientes, novos
instrumentos, novas linguagens ou formas de expressão. Assim, torna-se
necessário considerar as mídias como objetos de estudo, com seus aspectos
éticos e estéticos, e como ferramentas pedagógicas e didáticas. Este cenário da
ação pedagógica em ambientes on-line revela, que é preciso deixar de ser meros
espectadores e passar a ter um perfil de “participantes ativos”.
Faz-se necessário criar condições para o desenvolvimento de
competências mediática que privilegie uma comunicação, que promova a interação
efetiva entre estudantes e professor na Web. Dessa forma, torna-se necessário
uma concepção pedagógica para que seja garantida essa interação, do contrário,
pode-se estar utilizando a tecnologia mais avançada para se fazer o óbvio ou o
tradicional.
Dessa forma, ensinar e aprender no meio virtual compreende
algumas semelhanças com a forma tradicional, tais como a interação entre os
alunos e professor, a necessidade de reflexão, análise e interpretação de
textos, informações e do que for ensinado. Também e preciso ressaltar que o
ensino virtual pode ser realizado nos diferentes níveis de ensino, tanto o
fundamental, o médio, quanto o superior. O mais importante é que esse ensino
seja uma fonte de diálogo e atenção tanto da parte docente, quanto do discente,
além do necessário apoio da Instituição de Ensino, que deve fomentar e
desenvolver a Educação a Distância e a Educação como um todo. Somente dessa
forma é que uma nação passa a ser forte e com cidadãos bem formados.
Referências
CITELLI,
Adilson et al. Comunicação e educação: convergências educomunicativas. Comunicação, Mídia e Consumo, v. 7, n.
19, p. 68-85, 2010.
COTTA,
Rosângela Minardi Mitre et al. Construção de portfólios coletivos em currículos
tradicionais: uma proposta inovadora de ensino-aprendizagem. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, p.
787-796, 2012.
FREIRE,
Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de
Janeiro: Paz e Terra. 1975.
MORAN, José. O que é educação a distância. Educação
Humanista Inovadora. Disponível em:
<http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/dist.pdf>.
Acesso em: 05 de novembro de 2017.
SILVEIRA, Jader Luís da. As Tecnologias da
Informação e Comunicação Aplicadas na Educação: Comunicação e Educação à
Distância. P@RTES (São Paulo), ISSN
1678-8419. v.1, n.0, p.1., 2019.