Eduardo Bezerra de Souza [1]
Doutorando pela Universidade Federal de São
Paulo - UNIFESP - Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Membro do
NIPELL - Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre o Ensino de Língua e
Literatura. Mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -
Formação de Formadores. Atua como assistente técnico de educação na Divisão
Pedagógica da SME - Secretaria Municipal de Educação - São Paulo, responsável
pelas frentes de formação em Ciências Naturais, Ciências Humanas, Educação
Ambiental e Tecnologias para a aprendizagem.
E-mail: edu10puntos@gmail.com
RESUMO
O presente trabalho é um estudo da
cultura escolar e da materialidade da escola primária em São Paulo no período
de 1870 a 1920. O objetivo é analisar a aquisição de “utensílios” necessários
ao gesto de escrever e examinar aspectos pedagógicos, econômicos,
administrativos e higienistas que o uso desses instrumentos adquiriu no curso
da escola primária paulista. As fontes utilizadas compõem-se de pareceres e relatórios dos inspetores, dos Anuários do
Ensino do Estado de São Paulo e da revista pedagógica “A Escola Pública
(1893-1897)”, localizada no Arquivo Público do Estado de São Paulo - APESP, no
Centro de Referência em Educação Mario Covas – CRM, e na Biblioteca Nacional.
Os procedimentos metodológicos recorrem à História da Cultura Escolar e da
Cultura Material Escolar. No processo analítico das fontes operou-se com as
categorias de “instituição educativa”, “cultura escolar” e “cultura material
escolar”. Como conclusão preliminar considera-se a materialidade para o ensino
da escrita importante elemento na conformação do campo disciplinar da escola a
partir da homogeneização dos processos para o ensino da linguagem escrita nas
escolas primárias da Província de São Paulo no
final do século XIX e início do século XX.
Palavras-chave: Instrumentos de escrita. Cultura escolar. São Paulo.