DOI: 10.5281/zenodo.6345381

 

Mirian Revers

Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, mirianrv1104@gmail.com 

 

 Emilio dos Santos Aguiar

Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, emilioaguiar2@gmail.com 

 

Andressa Vendruscolo dos Santos

Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, andressavendruscolodossantos@gmail.com

 

 Jaine Meurer

Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, meurer67@gmail.com

 

 Leonardo Damasceno

Graduando em Medicina pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, leonardodamasceno@hotmail.com.br

 

Julia Canci

Graduanda em Medicina pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, canci.julia@gmail.com

 

 

Marcela Martins Furlan de Leo

Enfermeira, Doutora em Enfermagem Psiquiátrica pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Docente na Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, marcela.leo@uffs.edu.br

 

Anderson Funai

Enfermeiro, Doutor em Enfermagem Psiquiátrica pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Docente na Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, anderson.funai@uffs.edu.br


Resumo: O presente relato de experiência tem como objetivo descrever as práticas desenvolvidas por Acompanhantes Terapêuticos enquanto agentes transformadores na saúde. Os pacientes-alvo eram indivíduos em sofrimento psíquico e/ou dependência química que estavam como residentes no dispositivo da Rede de Atenção Psicossocial denominado Unidade de Acolhimento, ou seja, pacientes que possuíam vínculos familiares fragilizados e/ou em risco social. Esse trabalho foi realizado através de um projeto de extensão nos serviços de rede de atenção psicossocial e, para oferecer aos pacientes um novo olhar sobre a realidade vivenciada e, consequentemente, auxiliar no processo de reabilitação psicossocial, foram utilizadas metodologias que visavam tornar os participantes seus próprios agentes modificadores no processo de saúde-doença. O projeto buscou ainda, explanar as potencialidades e fragilidades enfrentadas pelo Acompanhante Terapêutico durante o planejamento e execução das atividades propostas. As potencialidades encontradas foram a criação de um vínculo diferente do que o estabelecido pela equipe multidisciplinar que já os acompanhavam, a liberdade que a vivência oferecia e o desenvolvimento de habilidades já existentes. Em relação as fragilidades, destaca-se a particularidade de cada sujeito, em que muitas vezes fazia com que o contato não possibilitasse uma relação mais consistente. Além disso, o tempo de realização de projetos como esse deve ser entendido como algo prolongado, uma vez que a criação de uma conexão entre acompanhante-acompanhado se dá de uma forma mais longínqua. Nesse sentido, o acompanhamento terapêutico surge como uma estratégia de intervenção complementar que visa ressignificar as atividades cotidianas do paciente se opondo às práticas tradicionais como modelos asilares de tratamento indo ao encontro da reforma psiquiátrica e sanitária.

Palavras-chave: Acompanhante Terapêutico. Saúde Mental. Extensão. Atenção Psicossocial.