DOI: 10.5281/zenodo.6800514

 

Jorge Alberto Vieira Tavares

Mestrando em Interdisciplinar em Culturas Populares, UFS

Professor do Colégio Delta

jtavares@academico.ufs.br

 

RESUMO

O presente artigo tem como pano de fundo entender, levando em consideração a trajetória histórica de Aracaju, os verdadeiros motivos que leva a completa destruição dos manguezais dessa capital. Assim como nas grandes cidades brasileiras, em Aracaju este ecossistema vem sendo degradado ao longo de sua formação histórica:  para se ter uma dessa destruição a própria “construção” da cidade de Aracaju, em 1855, se deu de forma a ignorar as características ambientais da vasta planície estuarina em que se situa. Ao estudar o crescimento urbano da cidade, podemos evidenciar que a degradação se intensificou a partir de meados da década de 1960 com a junção de forças do setor público e da iniciativa privada que promoveu uma intensa ocupação do solo urbano da capital do estado de Sergipe. A grandiosidade dos aterros da primeira metade do século XX deveu-se à busca incessante de novos acessos e ao desenvolvimento urbano da cidade de Aracaju, notadamente do Bairro Industrial, Zona Norte da capital. Cumpre lembrar, beneficiaram-se tanto pessoas de alta renda, que adquiriram habitações das construtoras na porção sul da cidade; assim como também a população de baixa renda, com as construções pelo poder público de conjuntos habitacionais na zona norte ou na periférica da cidade, inclusive em porções da Grande Aracaju.

Palavras-chave: Aracaju; Urbanização; Impactos Ambientais; Manguezal.