DOI: 10.5281/zenodo.6969916

 

Geni Teresinha Dutra Astine

Psicóloga Clinica

 

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo compreender a ideação suicida pela perspectiva da psicoterapia fenomenológico-existencial. Adotando como metodologia uma revisão bibliográfica, discutimos inicialmente a temática do suicídio e suas concepções ao longo do tempo até a atualidade. No contexto social como o que vivemos, o suicídio é mais comumente compreendido sob duas vertentes: uma que explica que tal ato provém de um transtorno psíquico ou da incapacidade da pessoa em não conseguir lidar com as adversidades da vida, e outra que responsabiliza o campo social por tal ato do indivíduo. Buscamos, em seguida, os fundamentos da clínica de cunho fenomenológico-existencial. Tal abordagem, que traz uma concepção de homem e de mundo, em que ambos se constroem em um processo de influência mútua, conduz sua clínica em um processo de desconstrução de categorizações ou determinações prévias à situação em que o cliente traz, seja ela qual for. É a partir dessa premissa, que este estudo se pautará para a compreensão da ideação suicida presente na clínica psicoterápica de base fenomenológico-existencial. Concluímos que o ato voluntário de pôr fim à vida pode ser assistido no contexto psicoterápico através de um outro olhar que não aquele apenas da psicopatologia ou de categorizações, julgamentos e rótulos, frequentemente atribuídos a pessoas que cometem tal ato. Nesse sentido, a clínica fenomenológico-existencial buscará compreender os sentidos que estão envolvidos na ideação suicida daquele que busca ajuda psicoterápica, levando a pessoa a refletir sobre isso.

Palavras-Chave: Suicídio; ideação suicida; psicoterapia fenomenológico-existencial.