DOI: 10.5281/zenodo.7514375

 

Gildeci Batista Alves Pinheiro

Assistente Social, Mestre em Serviço Social, gildecibapinheiro@gmail.com

 

Caroline Araújo Lemos Ferreira

Psicóloga, Mestre em Ensino na Saúde e Mestre em Psicologia, carolpsilemos@gmail.com

 

Resumo: Perder um bebê oferece consequências imediatas à família que trazia em seus planos o sonho e o desejo da maternidade. O luto é uma questão social que demanda visibilidade social e política, sendo necessário repensar a assistência multiprofissional no Sistema Único de Saúde para fazer valer os direitos da mãe e do pai enlutado. Objetiva-se, portanto, compartilhar a experiência de um projeto que visa promover o cuidado integral à mulher diante da perda gestacional e neonatal, por meio do acolhimento humanizado do processo de enlutamento. O grupo de apoio acontece em uma maternidade escola, de forma quinzenal, e oferece um espaço de acolhimento para o processo de luto e compartilhamento de estratégias de mães e familiares. O relato conta com a descrição das atividades de ensino-serviço com discentes de graduação e pós-graduação e com ações de sensibilização para o cuidado com o luto parental e suas repercussões para a família. O luto gestacional e neonatal demanda uma assistência especial, com vistas ao estabelecimento de uma rede de apoio, encorajamento e confiança, e uma assistência capaz de favorecer a adaptação à perda com a busca pela promoção da saúde integral. A escuta do processo do luto nos traz elementos reflexivos sobre o desafio e o papel social dos profissionais de saúde na abordagem dos casos de perda gestacional e neonatal. Ademais, a forma de acolher fica registrada podendo contribuir como elemento facilitador ou não no processo de enlutamento.

Palavras-chave: Perda gestacional. Luto parental. Profissionais de Saúde.