DOI: 10.5281/zenodo.7699017

 

Carmelinda Carla Carvalho e Silva

Mestra em Literatura, Memória e Cultura pela Universidade

Estadual do Piauí. E-mail: carmelinda.sig7@gmail.com

 

RESUMO

Este trabalho aborda a obra Jane Eyre, da escritora Charlotte Brontë, buscando demonstrar como a escritora incluiu em sua narrativa temas da época vitoriana carregados de críticas sociais envolvendo a condição da mulher. A narrativa é focada no público feminino, com personagens que desejam fortemente a liberdade, sendo a fundamentação principal a vida de Jane, que era uma jovem independente e com um grande espírito feminista que se vê diante de várias dificuldades para somente depois chegar ao seu destino, o de mulher independente.  Na obra, que também é influenciada pela estética romântica, no que tange à mesclagem de gêneros, o sofrimento, a angústia e outros sentimentos silenciados das mulheres são trazidos à tona. O artigo objetiva trazer uma análise do romance, com o foco no caráter inovador da escrita de Brontë, que de maneira autorrepresentativa, concede às personagens femininas personalidades ousadas e fortes, além de criticar a função da mulher na sociedade do período em que a obra foi produzida. Observou-se que as personagens Jane e Bertha constituem duas mulheres que não possuem escolha; seus desejos não são escutados. Desta forma, Brontë mostra em Jane Eyre a história da mulher na sociedade vitoriana, e a crítica à função da mulher na sociedade patriarcal.

Palavras-chave: Autorrepresentação. Escrita feminina. Jane Eyre. Charlotte Brontë.