DOI: 10.5281/zenodo.7802376

 

Gabriele Conte Nunes

Discente do Curso de Medicina, Área das Ciências da Vida e da Saúde - Universidade do Oeste de Santa Catarina - Joaçaba,Santa Catarina, Brasil.

nunees_gabriele@hotmail.com

 

Gabriele Demari Baruffi

Discente do Curso de Medicina, Área das Ciências da Vida e da Saúde - Universidade Comunitária da Região de Chapecó- Chapecó,Santa Catarina, Brasil.

gabrieledbaruffi@gmail.com

 

Marcos Guilherme Tibes Pauletti

Docente especialista do Curso de Medicina, Área das Ciências da Vida e da Saúde - Universidade Federal da Fronteira Sul - Chapecó, Santa Catarina, Brasil.

marcosgpauletti@gmail.com

 

RESUMO

A COVID-19 é uma doença infectocontagiosa causada pelo SARS-CoV-2, vírus pertencente à família Coronavírus. O primeiro registro da enfermidade aconteceu em dezembro de 2019 na China. Essa doença tem a capacidade de transmissão viral muito alta, podendo evoluir com severas complicações, fazendo com que o paciente necessite de internação em leito de terapia intensiva. Assim, desde o início da pandemia, estudos com profissionais da saúde vêm demonstrando elevação das prevalências de níveis de estresse moderado ou alto, em grande parte relacionado a profissionais da linha de frente no combate à COVID-19, visto que pandemias desafiam a saúde mental dos profissionais da saúde, os quais estão em constante contato com pacientes em quadros graves, somando-se a isso a submissão a exaustivas jornadas de trabalho.O objetivo deste trabalho foi identificar os impactos ocasionados pela pandemia de Covid-19 em profissionais da saúde que trabalharam e acompanharam pacientes na linha de frente em hospitais e em unidades de atendimento, a fim de compreender os principais efeitos psicológicos sofridos  por esses indivíduos. As informações contidas neste resumo foram obtidas por meio de uma revisão bibliográfica de artigos científicos selecionados, entre 2020 e 2022, nas plataformas Scielo e PubMed, além de estudos realizados por organizações e revistas internacionais referentes à pandemia do SARS-CoV-2 e suas consequências na saúde mental dos profissionais dessa área. O impacto da pandemia do COVID-19 na saúde mental dos profissionais da saúde é muito evidente, pois ao trabalharem diretamente na pandemia, tornam-se mais vulneráveis à própria infecção e, consequentemente, a fatores estressantes como, por exemplo, aos testes insuficientes, à evolução grave de alguns pacientes, à falta de equipamentos de proteção individual (EPI) e de suprimentos médicos, tudo isso somado a cargas de trabalho prolongadas e condições inadequadas de repouso, o que são condicionantes para o desenvolvimento de quadros de distúrbios psicológicos. Assim sendo, a sobrecarga na linha de frente da pandemia é a principal fonte de sofrimento psíquico. Dessa forma, esses profissionais mostraram maior frequência de sinais de exaustão, de ansiedade e de burnout em diferentes momentos da evolução da pandemia. No que diz respeito à análise das características dos indíviduos, a maior prevalência de sofrimento psíquico acomete sujeitos do sexo feminino (80,6%), visto que o sexo feminino tem sido descrito como um fator de maior predisposição ao estresse e aos transtornos mentais. Isso tem sido associado aos múltiplos papéis exercidos pela mulher na sociedade juntamente com as alterações hormonais e o quadro pandêmico vivenciado. Portanto, é perceptível que os impactos da pandemia de COVID-19 na saúde mental dos profissionais da área da saúde são incontestáveis e prejudiciais ao bem-estar desses indivíduos. Destaca-se, também, que o contexto de atuação desses profissionais, com longas jornadas de trabalho, associado ao receio pela falta de equipamentos de proteção individual, ao desgaste emocional cotidiano por terem que lidar com diversos fatores estressores, ao medo da morte de si e de pessoas próximas e ao medo de ser infectado e de infectar os outros, aumenta os níveis de ansiedade e de transtornos psíquicos desses profissionais.

Palavras-chave: COVID-19. Impactos. SARS-CoV-2. Saúde Mental. Profissionais da saúde.