DOI: 10.5281/zenodo.7908886


Arthur Silva de Andrade

Graduado em Psicologia pelo Centro Universitário Estácio do Recife, Pós-Graduado em Psicanálise Clínica Freudiana pelo Instituto de Psicanálise do Recife e Mestrando em Educação pela UFPE.

 

Luis Felipe Silva Barbosa Cabral

Graduado em Psicologia pelo Centro Universitário Estácio do Recife e Pós-Graduado em Psicanálise Clínica Freudiana pelo Instituto de Psicanálise do Recife.

 

RESUMO

A cultura reúne as formas de pensar, sentir e agir de uma sociedade, por meio da comunicação, da cooperação e da repetição dessas ações toda cultura tende a adotar como certos alguns comportamentos e práticas e rechaçar outros. À vista disso, a violência de gênero resulta da internalização das estruturas históricas de dominação masculina, presentes na sociedade e incorporadas às estruturas cognitivas e sociais de mulheres e homens. Assim, este trabalho origina-se de um problema cultural: a violência doméstica contra a mulher. Logo, enquanto revisão bibliográfica, realizou-se uma leitura psicanalítica do fenômeno. Enquanto objetivo geral, este estudo buscou: investigar se existe relação entre a deterioração da imago paterna enquanto um possível fator à violência conjugal contra a mulher. Assim, enquanto objetivos específicos, buscou: definir violência para a psicanálise; descrever as representações da sexualidade feminina, imagens e metáforas acerca da construção de significados sobre a mulher e bem como concernir a deterioração da imago paterna, sua origem e os seus desdobramentos na atualidade. Por fim, constatou-se que esse tipo de violência é também resultado do lugar em que o homem ocupa no discurso moderno, suas transformações e os deslocamentos ocorridos neste lugar e a mulher enquanto ocupante da posição de assujeitamento, resultante de um abandono do lugar de causar o desejo de um homem.

Palavras-chave: Violência doméstica. Gênero. Estruturas cognitivas. Imago paterna. Psicanálise.