Breno Vitor De Souza
Graduando em
Engenharia Agronômica, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Passos,
e-mail: breno.2142909@discente.uemg.br
Franciane Diniz Cogo
Engenheira Agrônoma,
Doutora em Ciência do Solo, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade
Passos, e-mail: franciane.diniz@uemg.br
Evandro Freire Lemos
Engenheiro Agrônomo,
Doutor em Ciência do Solo, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade
Passos, e-mail: evandro.lemos@uemg.br
Ana Paula Oliveira Rodrigues
Graduanda em
Engenharia Agronômica, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Passos,
e-mail: ana.2149442@discente.uemg.br
Antonio Tassio Santana Ormond
Engenheiro Agrônomo,
Doutor em Ciência do Solo, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade
Passos, e-mail: antonio.ormond@uemg.br
Érika Andressa Silva
Engenheira Agrônoma,
Doutora em Ciência do Solo, Instituto Federal Catarinense – Campus Videira,
e-mail: erika.silva@ifc.edu.br
RESUMO
A qualidade e a
sustentabilidade dos sistemas agrícolas estão diretamente relacionadas ao
conteúdo de carbono orgânico e aos atributos químicos do solo, especialmente em
áreas com diferentes usos da terra. Este estudo foi realizado na zona rural do
município de São João Batista do Glória, em Minas Gerais, Brasil. O
delineamento experimental adotado foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 3
× 2, com três usos da terra (lavoura com cultivo de soja/milho, pastagem e
vegetação nativa) e duas profundidades de amostragem (0–20 cm e 20–40 cm). Os resultados obtidos evidenciam que o uso e
o manejo da terra influenciam significativamente os atributos químicos e a
qualidade do solo. As áreas de pastagem destacaram-se por apresentar os
melhores indicadores de fertilidade, como pH mais elevado, baixos teores de
alumínio, maiores valores de soma de bases, capacidade de troca catiônica e
saturação por bases, além dos maiores teores de nutrientes essenciais (K, Ca,
Mg e P) e carbono orgânico do solo (COS). Esse cenário indica um sistema mais
equilibrado e produtivo, possivelmente em razão do menor revolvimento do solo e
do maior aporte de matéria orgânica. Por
outro lado, as áreas sob cultivo agrícola apresentaram características
intermediárias, com teores satisfatórios de cálcio e magnésio, mas deficiências
acentuadas em potássio, fósforo e carbono orgânico, além de acidez moderada, o
que pode comprometer o rendimento das culturas. Já os solos de vegetação
nativa, embora naturalmente preservados, apresentaram alta acidez e menor
fertilidade química, com baixa disponibilidade de bases e alto teor de alumínio
trocável. Diante disso, recomenda-se a adoção de práticas de manejo sustentável
voltadas à melhoria da qualidade e fertilidade do solo. Entre as ações
indicadas estão a calagem para correção da acidez, a gessagem para redução da
toxidez do alumínio em profundidade, o uso de adubação orgânica e verde para
reequilibrar os nutrientes, e a implementação de sistemas conservacionistas,
como o plantio direto e a manutenção de cobertura vegetal permanente. Essas
estratégias são essenciais para promover o sequestro de carbono, conservar a estrutura
e fertilidade do solo, garantir a produtividade agrícola sustentável e mitigar
os impactos ambientais do uso intensivo da terra.
Palavras-chave: Sustentabilidade; Fertilidade do solo; Uso da terra.