DOI: 10.5281/zenodo.16953682

 

Breno Vitor De Souza

Graduando em Engenharia Agronômica, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Passos, e-mail: breno.2142909@discente.uemg.br

 

Franciane Diniz Cogo

Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Passos, e-mail: franciane.diniz@uemg.br

 

Evandro Freire Lemos

Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Passos, e-mail: evandro.lemos@uemg.br

 

Ana Paula Oliveira Rodrigues

Graduanda em Engenharia Agronômica, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Passos, e-mail: ana.2149442@discente.uemg.br

 

Antonio Tassio Santana Ormond

Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Passos, e-mail: antonio.ormond@uemg.br

 

Érika Andressa Silva

Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Instituto Federal Catarinense – Campus Videira, e-mail: erika.silva@ifc.edu.br

 

RESUMO

A qualidade e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas estão diretamente relacionadas ao conteúdo de carbono orgânico e aos atributos químicos do solo, especialmente em áreas com diferentes usos da terra. Este estudo foi realizado na zona rural do município de São João Batista do Glória, em Minas Gerais, Brasil. O delineamento experimental adotado foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 3 × 2, com três usos da terra (lavoura com cultivo de soja/milho, pastagem e vegetação nativa) e duas profundidades de amostragem (0–20 cm e 20–40 cm).  Os resultados obtidos evidenciam que o uso e o manejo da terra influenciam significativamente os atributos químicos e a qualidade do solo. As áreas de pastagem destacaram-se por apresentar os melhores indicadores de fertilidade, como pH mais elevado, baixos teores de alumínio, maiores valores de soma de bases, capacidade de troca catiônica e saturação por bases, além dos maiores teores de nutrientes essenciais (K, Ca, Mg e P) e carbono orgânico do solo (COS). Esse cenário indica um sistema mais equilibrado e produtivo, possivelmente em razão do menor revolvimento do solo e do maior aporte de matéria orgânica.  Por outro lado, as áreas sob cultivo agrícola apresentaram características intermediárias, com teores satisfatórios de cálcio e magnésio, mas deficiências acentuadas em potássio, fósforo e carbono orgânico, além de acidez moderada, o que pode comprometer o rendimento das culturas. Já os solos de vegetação nativa, embora naturalmente preservados, apresentaram alta acidez e menor fertilidade química, com baixa disponibilidade de bases e alto teor de alumínio trocável. Diante disso, recomenda-se a adoção de práticas de manejo sustentável voltadas à melhoria da qualidade e fertilidade do solo. Entre as ações indicadas estão a calagem para correção da acidez, a gessagem para redução da toxidez do alumínio em profundidade, o uso de adubação orgânica e verde para reequilibrar os nutrientes, e a implementação de sistemas conservacionistas, como o plantio direto e a manutenção de cobertura vegetal permanente. Essas estratégias são essenciais para promover o sequestro de carbono, conservar a estrutura e fertilidade do solo, garantir a produtividade agrícola sustentável e mitigar os impactos ambientais do uso intensivo da terra.

Palavras-chave:  Sustentabilidade; Fertilidade do solo;  Uso da terra.